30 de ago. de 2011

Vírus da gripe aviária sofreu mutação



A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) pediu hoje (29/08) preparação e vigilância intensificada por causa de sinais de que uma cepa mutante do vírus mortal da gripe aviária está se espalhando pela Ásia e outras regiões. O H5N1 foi eliminado da maioria dos 63 países infectados durante a epidemia de 2006, entretanto, manteve-se endêmico em seis nações. Os surtos têm aumentado e, segundo comunicado da FAO, quase 800 casos foram registrados entre 2010 e 2011.
O Diretor Veterinário da Agência, Juan Lubroth, afirmou que migrações têm ajudado o vírus a viajar longas distâncias e expandir-se geograficamente. Nos últimos dois anos, o H5N1 apareceu em aves de capoeira e silvestres em países que há anos estavam livres do vírus. Áreas de Israel, territótios palestinos, Bulgária, Romênia, Nepal e Mongólia foram recentemente afetadas.
De acordo com Lubroth, outro motivo de preocupação é a aparição na China e no Vietnã de uma variante do vírus que é capaz de contornar as defesas fornecidas pelas vacinas existentes. A maior parte do norte e centro do Vietnã, onde o H5N1 é endêmico, foi invadida pela nova cepa do vírus, conhecida como H5N1 – 2.3.2.1. O país suspendeu a campanha de vacinação de aves da primavera e agora considera fazer a imunização no outono.
Serviços veterinários do Vietnã estão em alerta máximo. Segundo a FAO, a circulação do vírus no Vietnã representa ameaça direta para Camboja, Tailândia e Malásia e ainda coloca em risco a península coreana e o Japão. A migração de aves silvestres também pode espalhar o vírus para outros continentes.
Bangladesh, China, Egito, Índia, Indonésia e Vietnã, onde o vírus ainda está arraigado, devem enfrentar os maiores problemas, mas todos os países precisam estar vigilantes. “Não é hora de complacência. Ninguém pode baixar a guarda com o H5N1”, declara Lubroth.
Desde 2003, o H5N1 matou ou forçou o abate de mais de 400 milhões de aves domésticas e causou prejuízo estimado em 20 bilhões de dólares. O vírus infectou 565 pessoas, matando 331 delas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A última morte ocorreu no início deste mês no Camboja, que registrou oito casos de infecção humana no começo deste mês – todos fatais.

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